ninguém fica no silêncio – Rose Miranda
essa é a história de Rose, uma moleca mulher que se quebra, cola e começa tudo de novo. condicionada pela moralidade tradicional de uma época e pelos encantos sutis de um amor idealizado, conheceu os dissabores das realidades cruas da vida ao viver um casamento marcado pela submissão e infidelidade. as escrevivências de Rose Miranda traçam momentos cruciais de sua biografia, trazendo aquilo que a marca desde os 18 anos, e contam como foi vencendo suas demandas, com o auxílio de Deus e dos Orixás.
memórias de uma menina da ladeira – Lucineide Souza
o livro reúne memórias da infância da narradora-personagem que vão se cruzando com acontecimentos do tempo presente em que se conta. a leitura nos apresenta uma menina mulher que anseia sempre preservar a identidade do seu lugar de origem, ponto de partida que lhe dá direção para continuar a caminhar: a Ladeira do Milagre de Santa Bárbara, localizada em São Félix, no Recôncavo da Bahia. esse é o território onde se passa a história, um espaço marcado pela herança ancestral afro-brasileira e pela religiosidade, onde também convivem, sem conflitar, pessoas católicas, romeiros, candomblecistas, devotos – todos em torno da água milagrosa da Santa, que brota sem parar por detrás das pedras da gruta desde 1971. ali, alguns com suas Iansãs, outros com suas Barbinhas, adoram, cantam, sambam e prestam suas reverências.
casamendoeira – Deisiane Barbosa
uma casa arborizando, à beira da ruína, assopra suas memórias. contando a própria história, desenha o lugar onde está plantada e a família que o refloresta. a mulher que escreve, corpoeta que materializa o texto, registra andanças do velho, cultivos da velha e de outras antigas, cantadas pelo fôlego de uma mata, seus resquícios e prenúncios.
foi um prazer estar em sua companhia – Clara Amorim Duca
Duca traça o histórico da companhia de dança fundada por ela, em Cachoeira, no Recôncavo da Bahia, nos anos 2000, formada por crianças, adolescentes e jovens, movidos pelo desejo de expressar sonhos através do corpo. para contar a história da CIA DUANA’S DE RITMO, recorre não somente às suas memórias de professora, produtora cultural e artista da dança, como retoma uma rede de contatos com pessoas, hoje adultas, fortemente marcadas pelas experiências compartilhadas neste grupo-família. trata-se da construção coletiva em torno da memória de uma companhia-tempo que atravessa vidas e compõe gente, com acolhimento, divergências e criatividade.
no samba do pé e da palma delas – Any Manuela Freitas
Maria Tereza, Vicência Ribeiro, Dalva Damiana e Ana Olga contam histórias do Samba de Roda, em Cachoeira, pelas palavras de sua descendente, Any Manuela Freitas. diferentes momentos históricos ao longo de pelo menos 150 anos são narrados através das memórias e vivências de Dona Dalva Damiana de Freitas, sambadeira, cantora, compositora, membra da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, ativista cultural. entremeado por cantigas, rezas e receitas, ao traçar a trajetória de uma linhagem familiar de mulheres pretas, o livro mostra como elas tiveram um papel de ensinamento e aprendizado fundamentais em um longo processo de salvaguarda do Samba de Roda do Recôncavo da Bahia.
Caderno 5 – Políticas da Pandemia
Políticas da Pandemia apresenta uma série de narrativas que refletem como as pessoas têm sido atravessadas pelo isolamento social e espalhamento da Covid-19. São narrativas tecidas na diversidade de mundos, de outras linguagens, corpos e formas. O quinto caderno, "E antes? E nas entrelinhas? E os outros? Pandemia, nuances e redes por diferença", é assinado por Natália Maria.
Caderno 1 – Políticas da Pandemia
Políticas da Pandemia apresenta uma série de narrativas que refletem como as pessoas têm sido atravessadas pelo isolamento social e espalhamento da Covid-19. São narrativas tecidas na diversidade de mundos, de outras linguagens, corpos e formas. O primeiro caderno, "Sobre Vírus, Livusias, Ilhas e Discos Voadores", é assinado por Márcia Nóbrega.
Sobre Vírus, Livusias, Ilhas e Discos Voadores
Márcia Nóbrega dá início à coleção Políticas da Pandemia do imuê. Nossa ideia é pensar a pandemia a partir de mundos outros, a partir de diferentes linguagens: "Estamos em plena Quaresma e a coincidência temporal e sonora entre este tempo e a quarentena tem me feito pensar um bocado. Em especial, me faz pensar se o hábito de meus amigos da ilha de caminharem junto ao que não se pode ver não lhes dá uma certa vantagem sobre nós, em nossa obsessão com um certo materialismo pobre e pouco pragmático."